Chegada a data, malas prontas, partimos rumo a Barbados (Neiva e Tom)!
Embarcamos as 15:10h em Guarulhos-SP e chegamos por volta das 18:30h horário local de Barbados.
O voo foi bem tranquilo e durou aproximadamente 5 horas.
Desembarcamos e fomos direto para o setor de imigração, sem muitas perguntas autorizaram nossa entrada e seguimos para o setor de bagagem. As duas malas principais foram bem fáceis de encontrar, o problema foi o tripé da câmera que tivemos que despachar, esperamos por volta de uma hora mas conseguimos encontrar.
Pegamos um táxi na saída do aeroporto rumo ao hostel Merrivile Guest House e o motorista estava com um mal humor terrível, o cara foi reclamando pelo caminho e chegando no destino ele não tinha troco. O Tom teve de ir até um bar na esquina do hotel tentar trocar, sem sucesso, então entrou no táxi novamente e foi até um mercado e lá conseguiu os 50 BBD do taxista (isso porque o táxi era credenciado no aeroporto!!!).
Passado o pequeno imprevisto fizemos o check-in no hostel e fomos para o quarto. Banho gelado tomado fomos procurar um restaurante por que a fome estava grande! Encontramos um lugar bem bacana, um ambiente calmo para comer e outro ambiente mais agitado com música, bebidas, maquinas caça níquel e uma galera a procura de diversão. Estávamos com tanta fome que nem anotamos o nome do restaurante.
Voltamos para o hostel e capotamos!
Acordamos cedo no dia seguinte e partimos novamente para o aeroporto, tínhamos um voo logo cedo para Antigua.
Passando todo o procedimento novamente, check-in, customs, espera, espera, espera, embarcamos rumo a Antigua. Chegando em Antigua mesmo procedimento no aeroporto, direto para o setor de imigração, sem muitas perguntas autorizaram nossa entrada, apenas no custom o oficial perguntou o que carregávamos nas malas, mas não tivemos problema.
Antes de sair de Barbados reservamos um hotel pelo website que o preço era bacana e perto de onde deveríamos esperar o Bonanza. Quando estávamos quase embarcando para Antigua, recebemos um e-mail avisando que não tinham quartos disponíveis...(no site tinha)
Pegamos um táxi rumo a um outro hotel que tínhamos visto online, o motorista não conhecia, ninguém conhecia... um sufoco, rodamos, rodamos e rodamos de táxi até que um cara nos ensinou o caminho. Chegando lá o hotel estava FECHADO porque era domingo...Tivemos de achar outro táxi e procurar um outro hotel que pudéssemos pagar. Por sorte o cara nos trouxe num chamado The Catamaram Hotel fica ao lado de uma marina... ótimo atendimento e preço justo. Recomendamos!!!!
Depois de toda essa confusão estávamos com muita fome... ao lado do hotel tem um restaurante mas como era domingo não estava funcionando. Achamos um lugarzinho simpático, almoçamos e jantamos lá. Ahhhh o supermercado de domingo tb não abre.
Ontem e hoje almoçamos e jantamos no restaurante The Capitains Quartes Restaurant. A comida é deliciosa e estamos viciados no fruit punch que eles servem. O preço é bem bacana também.
Agora estamos aqui esperando o Bonanza que ainda não chegou por causa das condições de tempo que não estão muito favoráveis.
Enquanto esperamos, vamos curtindo um pouquinho porque ninguém é de ferro!
Hoje fomos até a Marina de English Harbour.
Quando voltamos pro hotel, assistimos uma cerimonia de casamento que estava rolando em frente ao apartamento que estamos hospedados. Muito bacana!!!! A noiva parecia uma barbie!!!!!
Mais alguns momentos que registramos nesses dois dias em Antigua:
Após muito tempo de planejamento, preparo e muita ansiedade chegou o momento tão esperado!
Os tripulantes Ricardo e Pedro embarcaram hoje dia 01/11/2014 rumo ao Caribe.
Lá eles farão os devidos testes e manutenções no veleiro Bonanza para iniciar a navegação até o final de novembro.
Desejamos uma boa viagem e bons ventos!
Bonanza é um termo com origem no castelhano. Significa calma e paz.
Na língua portuguesa, temos a palavra Bonança que descreve o estado do mar que é
favorável à navegação.
Existe um ditado popular que diz: Depois da tempestade vem a bonança!!!
Significa que depois de uma situação muito difícil, sempre vem algo bom, um tempo
melhor, mais sossegado.
No universo da navegação, esse ditado também pode ser utilizado, pois depois de
uma tempestade vem a bonança, sendo possível navegar tranquilamente.
Este ditado é utilizado para encorajar pessoas a se manterem firmes e com
esperança, mesmo durante as fases mais turbulentas de suas vidas.
Bonanza foi também um famoso seriado western americano, exibido
entre 1959 e 1973.
Quando o Veleiro Bonanza foi comprado ele já tinha esse nome. O
primeiro nome de registro desse veleiro era SY STOCKSIEFEN . Não
encontramos em nossas pesquisas em que época nem o porque esse
nome foi trocado para Bonanza.
A viagem foi sonhada e
planejada pelo capitão da embarcação Ricardo
Takeuti.
Nos incluímos nesse sonho (tripulação)
e decidimos realizar essa expedição em família.
Pensamos em mil
maneiras de como escrever sobre a expedição e quais
razões dela acontecer.
Decidimos (tripulação)
entrevistar o capitão, usando as mesmas perguntas que amigos e
familiares nos tem feito ao longo dos últimos meses. Segue a
entrevista na íntegra:
Em que época
da sua vida você teve a vontade de velejar?
Sempre gostei do
mar, me lembro que desde criança eu gostava de ir a praia e já
na adolescência eu pensava em um dia ter um veleiro. A primeira
vez que tive vontade de velejar foi na época em que fui para
Ubatuba, em 1979, e vi os veleiros no Saco da Ribeira. Nessa época
eu praticava mergulho livre, pesca submarina, e já lia muitos
artigos relacionados às atividades no mar.
Como surgiu essa
vontade? Teve influência de alguém?
A vontade
transformou-se em desejo em um passeio de escuna no Rio de Janeiro.
Lembro do por do sol no mar e, quando entramos na baía da
Guanabara, já era noite de lua cheia. Foi um momento especial,
inesquecível. Não tive influência de ninguém
na vontade de velejar, mas ao ler o primeiro livro do Aleixo Belov, A
Volta ao Mundo em Solitário, surgiu a vontade de dar a volta
ao mundo em um veleiro.
Por que de veleiro?
Penso que é
uma opção de vida mais simples, ter um contato mais
próximo da natureza e os seus elementos, apenas com o que é
essencial, viajando de acordo com as condições ideais
de tempo, sem o compromisso com horários de chegada ou de
partida.
O que te motivou a
fazer essa viagem agora, considerando que sua carreira profissional
estava em ascensão?
Nada é por
acaso e tudo na vida acontece no tempo certo. Há exatamente
dez anos atrás, aos 47 anos de idade, eu estava desempregado,
apenas fazendo um trabalho temporário, morava de aluguel, não
tinha carro e mal conseguia pagar as contas, ou seja, as perspectivas
não eram nada promissoras, principalmente considerando a minha
idade. A motivação de dedicar o meu tempo para a
realização de um sonho, deixando a carreira
profissional em um plano secundário, foi a idade e os sinais
que a vida me deu, lembrando que havia chegado o tempo de realizar o
sonho.
Como foi definido o
roteiro?
O roteiro foi
definido a partir dos livros que li, conhecendo as experiências
de outros velejadores de cruzeiro, a partir de uma rota natural para
quem navega nas latitudes próximas ao equador terrestre e as
temporadas propícias para cruzar os oceanos.
E o capitão
finalizou com as palavras abaixo:
Independente dos nossos
planos, o universo sempre irá nos testar e colocar a prova
nossa determinação em realizar os nossos sonhos.
Durante o nosso caminho, muitas coisas podem dar certo ou dar errado,
podemos acertar ou errar nas nossas escolhas. Na vida, sempre existe
a possibilidade de ganharmos ou perdermos com as nossas decisões.
Algumas pessoas têm medo de perder diante do risco e não
se arriscam, outras enfrentam o risco pois têm a vontade de
vencer. O importante é não nos arrependermos e sermos
felizes com as nossas escolhas. O tempo é relativo, não
sabemos o que irá acontecer no futuro e o futuro é
agora, está acontecendo nesse exato momento. A única
certeza é que o nosso tempo pode ser interrompido a qualquer
instante.
20/05/2014 Capitão (centro) e filho Victor Takeuti (esquerda), intérprete, fotógrafo, etc ... |
Olha a cara de felicidade do Capitão!
Parece até uma criança que acabou de ganhar um brinquedo novo!
E não deixa de ser ... Eles estão indo para St. Lúcia no Caribe comprar o Bonanza.
Parece até uma criança que acabou de ganhar um brinquedo novo!
E não deixa de ser ... Eles estão indo para St. Lúcia no Caribe comprar o Bonanza.
Após muitos anos de trabalho árduo, superações, dedicação exemplar, diversas pesquisas, e um pouco de sorte, o sonho de comprar um veleiro e sair para uma volta ao mundo estava prestes a se concretizar. Me lembro do mix de ansiedade e alegria que tomou conta deste menino de 57 anos naquela noite, afinal, não é sempre que algo marcante e especial acontece na vida de alguém.
E aqui o sonho começa ...